ICELAND 2015
25/08/2015 - 17:17
Hellisandur a Reykjavic



Retornando Completamos o anel da Islândia, com várias pregas anexas. Hoje, dia de sol - sol para os insulares é aquele que aparece no meio de nuvens por breves momentos; aquele que por segundos te esquenta; aquele que quando aparece está sinalizando a frente fria que está para passar ou a chuva que logo vem... mas é sol, que modifica a luminosidade das fotos e de nossas percepções. Ficarão as memórias dos rios de água fervente; fiordes de água límpidas para lavar a alma de qualquer cuzco; simpatia dos insulares associada a uma ingenuidade anos 70; casa onde ninguém imagina viver nos confins dos fiordes; vulcões para foto... não para subir; rios de lava seca moldados em filmes de ficção; escolas invejáveis com crianças de fotografia da National Geographic; brita e chuva e chuva de brita na cara; céu cinzento que te espreita para te lançar um raio de sol; praias do Oceano Ártico que te instigam ir mais longe; visão da base dos fiordes e visão do alto dos fiordes, dois universos independentes; glaciares sem fim e fim da estrada no glaciar; estradas com subidas sem fim e descidas com fim; passos congelantes com perspectiva de nova fotografia a seguir; cavernas e banhos de água quente no meio de um mundo gélido; falésias que terminam abruptamente num mar que se perpetua - como nossas vidas; cachoeiras que rasgam os paredões, mostrando a fragilidade daquilo que parece muito sólido; a força da natureza visualizada apenas nas cicatrizes da terra; a geologia que agiganta o espaço e nos diminui como insignificantes seres deste planeta; vento Ártico que empurra as motos, mas sempre para o lado certo; cavalos imponentes, mas que reverenciam a natureza; comida de se ajoelhar no seu preparo e apresentação, num país que não planta nada a não ser feno para os animais; rios de primavera que demonstram suas entranhas no verão e secarão na próxima estação; icebergues que gelam a cerveja na beira da praia; risadas que apagam preocupações latentes; praias de areia vulcânica negra que são intocadas pelo homem; histórias que não se completam, pois o enredo já é suficiente; estórias do guri gordinho ou do por que da vida que ficam sem conclusão e permitem novas perspectivas e alegrias; cidades sem população e população sem cidade; ovelhas que cruzam a estrada e estradas fiscalizadas apenas pelas ovelhas; estradas sem acostamento, sem retorno, sem barreira e sem fim, mas com a proteção dos Trolls; territórios de infinita solidão onde você se sente no aconchego do lar... poderia continuar... , mas isso é a Islândia quando nossa alma está leve! ...



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