No calor das geleiras da Islândia, procuramos o movimento imperceptível da terra em suas fissuras tectônicas. É no frio do deserto da América do Norte que encontraremos a imobilidade virtual da terra. Após milhares de anos de suspiros da natureza, esculpindo montanhas, cavernas, desfiladeiros e cânions, visualizaremos um quadro já pintado, mas que cada milênio o viu de maneira diferente... Imagine um quadro de Van Gogh que tem vida própria e se atualiza a cada segundo, mas que na nossa vã percepção de tempo e movimento não nos permite observar nem entender... Imagine ver uma obra estarrecedora em recomposição... não em evolução, pois cada momento será único e não melhor nem pior que o anterior ou o próximo. Veremos esse instante, essa imobilidade virtual, em poucos dias. E isso nos faz pensar na insignificância do tempo. Tempo que nos resta. Como estaremos em área de ETs; loucos e perdidos, talvez eles nos ajudem a subir um degrau na escala e percebermos o que ninguém até hoje viu. Na pior das hipóteses, como estaremos com o grupo completo, teremos a ajuda da liberação da “risopressina e da gargalhadaponina”, que são nosso elixires da juventude. Vamos compartilhar esses momentos com os familiares e amigos que tanto nos estimulam ou desistimulam. Mas na certeza que é um momento que nos resta nessa indefinição do significado do tempo. ...