EUA 2017
21/04/2017 - 01:22
MONUMENT VALLEY - CORTEZ



Monument Valley - Valley of Gods - Cortez. Íamos falar sobre os indíos... mas o dia foi de alegria tamanha que vai ficar para depois. O sol nasceu no horizonte emoldurado pelas janelas dos nossos quartos e com as formações rochosas do Monument Valley se interpondo num jogo de luz e sombra. Assim, o café da manhã, já reforçado pela qualidade da comida, foi também reforçado pelas vistas oferecidas. Um pouco de preguiça e compras antes de sair, pois cada janela mostrava uma nova paisagem que trancava o passo e nos seduzia para não ir embora. Imaginamos no futuro uma humanidade freqUentando vários planetas em diferentes estrelas. Tentamos imaginar como seria o cartão-postal da terra... uma imagem do globo vista do satélite ou alguma paisagem espetacular? Ou então 10 postais da terra? Quais seriam. Essas elucubrações são típicas de cabeças higienizadas por vento que passa pelo capacete, envolve a cachola e refrigera o cérebro. O Monument Valley estaria com certeza entre os 10... e para alguns talvez na liderança... Estrada. A estrada tão famosa do Forrest Gump. Inspiração para vários filmes e principalmente para o Papa-Léguas. É tão espetacular quanto na cena que o Forrest para de correr. As mesmas cores, o mesmo sol e as mesmas sombras. Deixou a cachorrada feliz como em dia de Galeto da Igreja. Um correu como o Forrest... Outros pularam como o Coyote... Confraternização com chineses no meio da estrada. A impressão é que cada pessoa que passa nessa estrada recebe uma infusão de alegria. Estrada satisfeitos. Mas ai veio o Valley of Gods. Inacreditável. Talvez menos imponente, mas mais bonito e principalmente isolado. Além de nos oferecer a oportunidade de andar no meio das formações rochosas e mesmo subir nelas... e em 50 km de off road, para divertimento de alguns e o desespero de outros. O pior inimigo dos motociclistas é o mesmo do Coyote - a gravidade. Vimos as estradas no meio de rochas pendentes ou em equilíbrio impróprio... o que é isso? Fogem das leis da natureza ou talvez sigam todas, e é nossa percepção que foge da realidade. O importante é que se trata do cenário do Roadrunner. São as pedras pendentes que caem sobre o Coyote; são as cavernas de onde saem trens inverossímeis; são os precipícios que com a queda do Coyote levanta uma nuvem de poeira; são os entregadores da ACME em espaçonaves; são os Guaipecas gritando bip-bip. Vimos o Papa-léguas (Acceleratti incredibilus)e o Coyote(Carnivorous vulgarus). Sim! O Zé (Desertus-operativus idioticus) até tentou correr atrás do Birdis rapidus, mas como o Coyote... fracassou. Que mais? Almoçamos bem. Um pneu furou e o Claudio com sua traquitana ACME(Motus infinitus) resolveu. Mais Utah e mais Colorado. Mais e mais e mais... sempre com risadas a mil e divertimento. Os índios ficam para depois... pobres dos índios, sempre em segundo plano... mas toda essa terra por onde fomos felizes é deles! E encerramos com um dos mandamentos do Coyote extrapolado para os Guaipecas: os Guaipecas não podem ser afetados por nenhuma força externa. Seus fracassos devem advir unicamente do uso de produtos ACME ou de sua própria estupidez. Bip-bip!...



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