Aquele mesmo grupo que já desbravou outros continentes; que foi aos extremos do planeta; que cruzou fronteiras inimagináveis; que - pelo menos em conversa de bar -explorou o cosmos; hoje atravessou o Rio Grande pela primeira vez. Sim, os Guaipecas nunca tinham cruzado o Rio Grande. E, ainda bem que foi agora, pois logo logo - apenas talvez - não servirão mais para cruzar mais nada! Isso demonstra o quanto o alcance finito é relativo. Fronteiras? Conhecemos o Alaska e ainda não conhecíamos Jaguari. O psiquiatra desvenda o mais obscuro desejo, mas não consegue deixar de comer um doce que não devia. O engenheiro constrói uma ponte entre dois continentes, mas não consegue unir um palitinho de dentes sem cola. A internet te dá todo conhecimento, mas é incapaz de desvendar como cozinhar como sua avó. O Iphone te deu uma intercomunicação superior a ficção científica do "StarTrek", mas é incapaz de dizer um "eu te amo" convincente. Fronteiras. Qual é a sua? Qual é a nossa? Amanhã os Guaipecas atravessarão mais uma fronteira. Essa será física. Mais fácil. As fronteiras não físicas são muito mais controladas. Hoje muita estrada pelos pagos conhecidos e desconhecidos do Rio Grande. Lindas paisagens entre São Vicente do Sul e Santiago. No caminho o nosso ganho: Jaguari. Linda cidade onde fomos recebidos com aquele café da tarde de nossa infância pela Dona Luiza - sogra do Roque! E respondendo seu Nenê: a riqueza é aquilo que não enxergamos e está a nossa disposição. Às vezes alguém que você nunca viu na vida, vai te dizer isso! Apenas porque ele enxergou isso antes de você. Fronteiras! A nossa é a do riso. Cruzamos ela facilmente a cada novo dia....

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