DESERTO DO ATACAMA E MUITO MAIS
12/04/2018 - 22:33
Termas de Arapey - Rivera



Acabando os Guiapecas internacionais. Amanhã rumo ao Brasil, que tem muitas coisas ruins, mas com certeza é melhor que a Argentina e o Chile. O Uruguai só não é melhor devido a estagnação... mas isso é um assunto controverso e infinito. Sem controvérsia é o que de melhor e de pior dos Guaipecas nos foi presenteado na viagem. -Tuca: de pior era o barulho de enceradeira de sua moto em cada parada, impedindo qualquer racionalização do vivente... de melhor, ele não ter se inspirado com o som de sua moto e querer cantar e dançar com a enceradeira. -Roque: de pior era sua arrancada sempre meia hora antes de todos, mesmo que só servisse para tomar café da manhã sozinho... de melhor, o fato de nunca ter chegado na frente de ninguém. -Moreschi: de pior era a baixa autonomia... de melhor foi o fato de ter ficado somente 1 vez sem gasolina. -Zé: de pior foi o GPS, que só foi atualizado para a década de 90 do século passado no meio da viagem... de melhor foi o fato que não teve nenhuma repercussão, uma vez que ele não enxerga mais. -Claudio: de melhor é a sua possante moto na estrada... de pior sua possante moto nas costeletas e na brita. -Mauro: de pior era a quantidade de açúcar colocado em cada beberagem... de melhor foi o fato de nunca sobrar açúcar para o bem da saúde dos outros. -Melhor da viagem: a viagem com os Guaipecas! -Melhor do Chile: os Andes cavalgando Pacífico a dentro. -Melhor da Argentina: sair de lá. -Melhor do Uruguai: a comida. -Pior da viagem: o Chaco. -Pior do Chile: o lixo jogado pelas janelas. -Pior da Argentina: fronteiras. -Pior do Uruguai: não fazer parte do Brasil. Rodamos por 5 países, inclusive pela Bolívia. Vamos ao fim ter rodado mais de 6500 quilômetros em estradas de excepcionais à intransitáveis; de tapetes asfálticos à caminhos marcianos; de visuais de encher os olhos à tediosas paisagens; de temperaturas extremas sob sol escaldante ao frio enregelante; da secura do deserto à umidade do Chaco; da sobra de energia ao sem fôlego da altitude; e da alegria imensa ao sofrimento do cansaço... ou seja, repetimos nossa história, onde nossa trajetória pode ser fácil ou difícil; em linha reta ou tortuosa; com momentos lindos e outros tristes; de momentos de explosão de alegria e de momentos de luto; e de contestação à indiferença... E nessa nossa história, o importante é curtir toda parte boa e usar toda pior para contar estórias, como os Guaipecas fazem sob risadas intermináveis......



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