DESERTO DO ATACAMA E MUITO MAIS
02/04/2018 - 15:14
Joaquin Victor Gonzalez - Purmamarca



Depois de uma noite na mansão da família Adams, tomamos o "café dos esquecidos" que é o café da manhã de quem tem uma ligeira lembrança do que foi isso um dia. Tchauco! Tchau Chaco! Nosso Chaco cheio de Chaco! Passamos por Salta e almoçamos como selvagens. Nos perguntamos o que aconteceria se aquela quantidade animal de comida digerida resolvesse que não iria/queria subir os Andes. Conta a lenda que a comida de Salta gosta de saltar por entre as florestas tropicais da subida... Dicas Guaipecas para os motociclistas na floresta: - Procure um lugar privado. Depende da pressa. Um mato com vista para a montanha e a beira de um rio é o sonho, mas se você o encontrar é porquê poderia ter esperado chegar ao destino. - Se a pressa é muita, pode ser atrás da moto, de preferência não fique virado para as rodas, pois de acordo com a pressão (sua, não das rodas), sua semeadura pode ser pulverizada depois nos seus colegas . - Não leve um saquinho plástico. Você não é cachorro e adubar o mundo é nobre. - Se você for alérgico a picada de insetos, não devia ter comido e não deve andar no mato. E nem andar de moto. - Fique de capacete. Dependendo do lugar - no desespero - pode num ato de loucura usá-lo como penico. Não vale a pena! - Lembre de tirar as botas após baixar as calças, nunca se sabe o caminho tomado por um "ser" deportado. - Assim que tirar as botas, tire os cadarços, pois caso ocorra o acidente de o caminho escolhido ser o das calças, você vai precisar rapidamente dos cadarços para amarrar as calças nas canelas... visando poupar as botas para o resto da viagem. - Tire também a palmilha. Ela absorve melhor que papel e é mais fácil comprar uma nova que comprar toda bota. - Certifique-se de deixar a moto ligada. Caso apareça algum predador da mata, primeiro jogue as botas na fera. Depois forre o banco com as palmilhas. Suba e fuja. O cadarço servirá para se enforcar quando tiver que explicar o ocorrido. - E para finalizar. Se tiver que salvar algo, que sejam os documentos. Não existe redenção para um cagado sem documento. Atravessamos a floresta e com as botas. Apenas nos borramos de rir em uma parada pensando no descrito acima. Era um caminho de vacas que asfaltaram parcialmente. Em muitos trechos só passava 1 carro ou 1 moto. As vacas ainda estão lá e não usam botas. Tínhamos que desviar de coisas a mais. Campanha Guaipeca 2018: "Botas para as vacas já!!!!" Acabaram as florestas e começou o deserto andino. A beleza do cobre e outros minerais colore as montanhas. É o que nos espera amanhã. Chegamos em Purmamarca (significa: cidade do deserto) aldeia de adobo e barro de mais de 1000 anos para apreciar o entardecer. Olhem as fotos! E a noite jantamos sob a música de "cantantes andinos", o que é prá fuder o vivente!...



Fotos