Hoje foi o dia do Passo de Jama. Cruzar os Andes da Argentina para o Chile. Mas o que vimos foi a Bolivia. Altiplano tipo boliviano, ou a continuidade do mesmo, habitado pelos descendentes dos incas. Imagens de salares sem fim, lagos andinos, muita pedra e o melhor: horizonte delineado pelo ar seco das montanhas. Subimos a 4170 metros e a temperatura rengueou os cuzcos e os deixou sem oxigênio. Duzentos quilômetros no altiplano, variando de 4100 até 4830 metros - esta é a altitude máxima que os Guaipecas já tinham andado. E é verdade. Perdemos potência, o que é bom e prudente para quem viaja solito... Passamos por Lhamas, Guanacos, Alpacas e Jumentos enfeitados. Tradição por aqui. Tradição também são as fronteiras latino-americanas serem habitadas por jumentos enfeitados de autoridade. Nunca seremos primeiro mundo. Passamos pela fronteira onde o sistema: carimbo, assinatura, checagem, outro carimbo, outra checagem... não tem fim. Cacho de empregos é a única explicação. Ainda tivemos que abrir toda bagagem - "o que é bem simples em uma moto!" - para o "especialista" nem olhar a bagagem e estar mais preocupado no motor e na potência das motos. Isso numa ventania e sem oxigênio. Cenário ideal para patetadas do tipo correr atrás de um documento e, ao pegá-lo, não ter forças para carregar o mesmo... Acabamos a noite rindo do "oi amor" do chuchu! Então... boa noite amor! Do teu Chuchu! É... nosso grupo é engraçado para nós mesmos. ...

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